AQUELE SÁBADO

Após ter sido retirado da cruz, o Salvador morto foi sepultado e o seu túmulo foi fechado com uma pedra. Tudo parecia ter acabado. As viagens de Jesus, os Seus sermões, as Suas palavras doces e encorajadoras na hora em que mais eram necessárias, a Sua companhia agradável, a esperança de um Rei libertador da opressão romana... Tudo parecia ter-se transformado numa imensa desilusão.

Quanta frustração, quanta tristeza para os discípulos e todos os outros seguidores do Mestre! Teria sido tudo em vão? Certamente não é difícil imaginar o clima que pairava sobre os discípulos que tão de perto conviveram com o Salvador. Aquele sábado deve ter sido para eles um dia nebuloso, de uma tristeza sem fim, o pior de todos os sábados…

Felizmente, nós, hoje, passamos facilmente por este dia de sábado, pois já conhecemos a história bíblica e sabemos que amanhã celebraremos a festa da ressurreição, a alegria incontível da vitória da vida sobre a morte. Entretanto, em ambiente de recolhimento e meditação, agradeçamos a Deus o Seu inigualável amor por nós e preparemo-nos para celebrar, amanhã, a vitória de Cristo.

“E, chegada a tarde, porquanto era o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado, chegou José de Arimatéia, senador honrado, que também esperava o reino de Deus, e ousadamente foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus. E Pilatos se maravilhou de que já estivesse morto. E, chamando o centurião, perguntou-lhe se já havia muito que tinha morrido. E, tendo-se certificado pelo centurião, deu o corpo a José; o qual comprara um lençol fino, e, tirando-o da cruz, o envolveu nele, e o depositou num sepulcro lavrado numa rocha; e revolveu uma pedra para a porta do sepulcro. E Maria Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde o punham.” (Marcos 15:42-47).